Área 03 - Ciências Humanas e Lingüística, Letras e Artes

Índice

  1. Acervo de obras de arte em gravuras da UNIVILLE: construção de material educativo
  2. Ações colaborativas: contribuições para uma prática pedagógica voltada para o letramento
  3. Arte e sua exposição
  4. Desenvolvimento da expressão verbal: indo além das aulas de Língua Portuguesa
  5. Educação e Gestão Ambiental Comunitária, Ambiente, Patrimônio e Saúde: Políticas Públicas e a busca de elementos para a construção de um Plano Diretor de Recursos Hídricos na Bacia Hidrográfica do Rio do Braço (Joinville/SC)
  6. EDUCAÇÃO E INTERPRETAÇÃO AMBIENTAL EM TRILHAS INTERPRETATIVAS
  7. Educação e sensibilização: representações do patrimônio histórico, sócio cultural e ambiental para as políticas sociais.
  8. Educação inclusiva: contradições e desafios do trabalho docente
  9. Educar para o uso da linguagem da não-violência
  10. Ensino Fundamental de 9 anos: formação continuada para professores das séries iniciais na perspectiva das culturas infantis e do letramento
  11. Estudo epistemológico de materiais pedagógicos em arte
  12. Filosofia e educação: a interdisciplinaridade e a ética na profissionalização docente.
  13. História Oral e Teatro : uma experiência possível
  14. letramento digital dos professores da rede municipal de São Bento do Sul
  15. Monstrinhos do Cachoeira: quadrinhos e consciência ambiental
  16. O ESPAÇO DA ESCOLA COMO CONSTRUÇÃO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO E DE IDENTIDADES
  17. O mundo jurídico no cinema
  18. O RPG COMO INSTRUMENTO PEDAGÓGICO PARA UMA EDUCAÇÃO INCLUSIVA
  19. Orientação e informação profissional para alunos do ensino médio
  20. Projeto Curricular para as Artes Visuais no Ensino Básico: espaço de contrução de identidades e autonomia.
  21. Projeto de Inclusão de Pessoas com Necessidades Especiais
  22. PROLER - Programa Institucional de Incentivo à Leitura - Univille campus São Bento do Sul – os gêneros como instrumento de resgate de cultura
  23. Vozes literárias joinvilenses no ciberespaço

Resumos

Acervo de obras de arte em gravuras da UNIVILLE: construção de material educativo

  • Celia Ceschin Silva Pereira , MSc, celiaceschin@hotmail.com
  • celia Ceschin Silva Pereira , MSc, celiaceschin@hotmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: arte, acervo, gravura

A Universidade da Região de Joinville tem um acervo de obras de arte originais na linguagem da gravura, constando em seu Memorial Histórico, evidênciando um patrimônio cultural riquíssimo. Este acervo foi uma iniciativa do Departamento de Arte Visuais da UNIVILLE, no ano de 2000, com objetivo de oportunizar aos acadêmicos contato com obras originais em gravura, bem como depoimentos dos artistas brasileiros sobre a arte e processos de criação. Todo acervo contem 70 obras de arte doadas pelos artistas com finalidade pedagógica, incentivando a investigação e estudos teórico/técnico desta linguagem artística. Pretende-se com este projeto constuir material educativo constando de um Banco de Imagem/Texto deste acervo. O material educativo constará de uma ficha técnica, com: foto dos trabalhos artísticos, nome do artista, endereço, procedimentos técnicos, trajetória artistica. São artistas de renome nacional e internacional, que continuam em busca de inovações técnicas e estéticas. Estas obras fazem parte do Memorial, agregada de material educativo Esse material abrangerá idéias, conceitos, e inquietações desses artistas, que ao doarem suas obras, enviaram também texto escrito. O material educativo enfatizará técnicas na Linguagem da Gravura: Xilogravura, Litogravura, Gravura em Metal e a Serigrafia e outros procedimentos técnicos com materiais alternativos, dos quais os professores poderão trabalhar em sala de aula. Este material contribuirá para o enriquecimento cultural, social, artístico e pedagógico, no qual os professores, acadêmicos e artistas se beneficiarão com seu conteúdo para suas práticas pedagógicas. Este projeto vai também ao encontro dos objetivos propostos do Centro Memorial Histórico da UNIVILLE.

Ações colaborativas: contribuições para uma prática pedagógica voltada para o letramento

  • Rosana Mara Koerer, Dr(a), rosanamk@terra.com.br
  • Rosana Mara Koerner, Dr(a), rosanamk@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Professores, Letramento, Gêneros discursivos

O objetivo principal da atividade de pesquisa era compreender como a prática pedagógica pode ser ressignificada a partir de uma ação colaborativa entre professores e pesquisador tanto no planejamento como na implantação de ações que buscassem a melhoria do processo de aquisição da linguagem escrita de crianças de séries iniciais do Ensino Fundamental, voltadas para o letramento. A ação concentrou-se no trabalho com variados gêneros discursivos, reconhecendo-os como aquilo que dá visibilidade às práticas sociais com a escrita. Pretendeu-se verificar o quanto a ação colaborativa entre pesquisadores e professores poderia contribuir para a instauração de uma prática pedagógica contextualizada. Entrevistas, depoimentos e relatos constituíram o conjunto de dados. Caracterizou-se, nesse sentido, como uma pesquisa de intervenção. A princípio, os professores que iriam participar da atividade seriam aqueles que já haviam participado de uma atividade de formação continuada coordenada pela pesquisadora; contudo, em função da alta rotatividade de professores na Rede Estadual, tal critério só se aplicou a uma professora que, coincidentemente, foi com quem se obteve algum resultado. As demais professoras (quatro) não haviam participado da atividade e, em função disto, não dispunham do repertório teórico necessário à compreensão do que se estava pretendendo. Outra dificuldade se refere às possibilidades de reunião com os professores, praticamente inexistente, já que se encontravam em aula, o que impedia que os encontros ocorressem de modo satisfatório. Na visita inicial verificava-se quais os assuntos que seriam abordados nas próximas semanas. Em seguida, juntamente com a aluna bolsista, era feito um levantamento dos gêneros nos quais, de alguma forma, as temáticas sugeridas são abordadas. Depois, passava-se à elaboração de um conjunto de atividades de exploração da temática baseada nos gêneros listados. Uma vez preparado o material, era entregue às professoras que recebiam uma breve orientação. De acordo com o depoimento das professoras, algumas das atividades puderam, de fato, ser realizadas, o que resultou em uma dinâmica diferenciada para o andamento das aulas. Em alguns casos, percebeu-se que as professoras faziam ajustes à sua realidade. Em outros casos, o material entregue foi literalmente desprezado. Com isso, percebeu-se que ações como aquelas pretendidas na pesquisa necessitam de condições mais adequadas para a sua efetivação, para que possam, de fato, representarem ações colaborativas.

Apoio / Parcerias: Gerência Regional de Educação

Arte e sua exposição

  • Nadja de Carvalho Lamas, Dr(a), nlamas@univille.br
  • Alena Rizi Marmo, MSc, lemarmo@gmail.com
  • Larissa Miiller da Silva, Graduando, larissa.miiller89@gmail.com
  • Lauze Maria Onofre, Graduando, lauze.maria@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: arte , exposição, instituição

Em uma exposição cujo objeto é a produção artística o foco de atenção está totalmente voltado para a obra de arte. A exposição configura-se então como um espaço de institucionalização e de legitimação da arte, o que o torna também um espaço impregnado de tensionalidades. Constitui-se como o espaço da experiência estética, forma privilegiada de humanização. Anterior a exposição dois personagens são importantes em primeiro lugar o artista, aquele que cria, no seu percurso poiético vive o embate frente a matéria de que dispõe e transforma. Embate pois há efetivamente um enfrentamento entre a intensionalidade do artista e a sua sensibilidade em perceber o que a obra lhe impõe. É desse diálogo que surge a obra. Entretanto, uma vez pronta a obra tem vida própria, ela entra no fluxo da vida e potencializa seu sentido na experiência estética. Em segundo lugar surge o curador, a ele cabe o papel de organizá-la no espaço de tal maneira a instigar múltiplos diálogos. Ele, o curador, é um propositor de diálogos, cabe a ele pensar a obra no espaço, a sua disposição, as relações que a obra possibilitará, a iluminação e as informações técnicas e institucionais necessárias. Todavia há nessa relação entre obra e exposição um paradoxo, pois a arte é por natureza transgressora, é pura inventividade, é individualista e crítica, provoca a reflexão e a instabilidade de conceitos cristalizados. A exposição, no entanto, é parte de um sistema institucionalizado, programático e totalizante, cuja política caminha em sentido oposto ao da obra. A pesquisa busca investigar esta relação entre a obra de arte e suas formas de exposição, tendo como pano de fundo a política institucional e cultural dos órgãos que a promovem. A partir de visitas in loco nos espaços expositivos, entrevistas e análises dos modos de expor em cada instituição, busca-se compreender como se dá esta tensão e as suas implicações técnicas, conceituais e sensíveis em cada mostra. No período de vigência do projeto foram visitadas 19 exposições, nas cidades de Florianópolis, Blumenau, Itajaí, São Francisco do Sul e Joinville, nas quais poucas foram as instituições que investiram na melhoria de suas instalações e em mudanças significativas na forma de pensar e expor as obras.

Apoio / Parcerias: FAP - Univille

Desenvolvimento da expressão verbal: indo além das aulas de Língua Portuguesa

  • Daniela Vater, Graduando, dani_vater@yahoo.com.br
  • Regina Back Cavassin, MSc, regina.back@univille.br

Palavras-chave: expressão verbal, interdisciplinaridade, ensino

Aprimorar a habilidade de expressão dos alunos para ampliar as suas possibilidades de ação cidadã, por meio de uma proposta pedagógica participativa interdisciplinar foi o objetivo do projeto Argumentação e Redação, desenvolvido na Escola de Ensino Médio Deputado Nagib Zattar. Essa parceria estabeleceu-se com a atuação do professor de Geografia que desenvolveu atividades de ensino, motivando a participação constante dos alunos para o desenvolvimento da expressão oral. Também atividades escritas foram propostas, incentivando a leitura e a escrita, como a pesquisa de imagens da paisagem natural e da modificada pela ação do homem, discutindo-se as questões ambientais. Em atividades paralelas com a professora de Artes, foram elaborados slides sobre "Surrealismo" e "Barroco", conjugando imagens e conceitos para cada estética, sendo proposta uma atividade de análise interpretativa. Houve aula de campo em São Francisco do Sul, para observação e discussão sobre o patrimônio cultural e ambiental, além de visita à Petrobrás. Também se realizou uma pesquisa sobre países europeus, com textos, imagens e reportagens de jornais, utilizados como subsídios para as aulas. Analisando os níveis de integração multi e interdisciplinar presentes neste projeto de extensão, desenvolvido desde 2007, pesquisaram-se as características de interdisciplinariedade, multidisciplinariedade e transdisciplinariedade, resultando na elaboração de um artigo científico. Quanto às ações percebidas como multidisciplinares, pôde-se concluir que elas não levam a uma efetiva integração, sendo que o professor responsável pela aplicação das atividades propostas na escola fazia uso do conhecimento de outras áreas para enriquecer a transmissão dos conteúdos de sua própria disciplina. Já as abordagens interdisciplinares proporcionaram uma integração real entre as diferentes áreas envolvidas, porque se unem em busca de um objetivo comum, além dos limites de cada disciplina, havendo um enriquecimento mútuo na construção de conhecimentos. O trabalho com a interdisciplinaridade também enfrentou dificuldades, como a falta de envolvimento do corpo docente da escola, já que muitos profissionais não têm compromisso ou estímulo para desenvolver um ensino que realmente faça diferença. Mas alguns frutos têm sido colhidos, pois muitos dos alunos participantes do projeto têm percebido a importância dos estudos para um futuro mais promissor e têm se mostrado mais ativos no processo de produção do próprio conhecimento. A participação dos bolsistas é fundamental e as responsabilidades que assumem, o material que elaboram, o conhecimento da realidade escolar e do bairro são importantes não só para atingir as metas, mas essencialmente para o seu aprendizado como alunos de licenciatura

Apoio / Parcerias: Escola de Ensino Médio deputado Nagib Zattar - Joinville

Educação e Gestão Ambiental Comunitária, Ambiente, Patrimônio e Saúde: Políticas Públicas e a busca de elementos para a construção de um Plano Diretor de Recursos Hídricos na Bacia Hidrográfica do Rio do Braço (Joinville/SC)

  • Nelma Baldin, Dr(a), nelma@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Bacia Hidrográfica, Políticas Públicas, Educação Ambiental

O projeto de Pesquisa “Educação e Gestão Ambiental Comunitária, Ambiente, Patrimônio e Saúde: Políticas Públicas e a busca de elementos para a construção de um Plano Diretor de Recursos Hídricos na Bacia Hidrográfica do Rio do Braço (Joinville/SC)” (Sigla “EDUGE”) buscou fundamentos na Educação Ambiental e na Gestão Ambiental Comunitária. Com esse referencial, objetivou “identificar, junto às comunidades envolvidas na pesquisa, elementos e propostas indicativas para a elaboração de um Plano Diretor de Recursos Hídricos para a área da Bacia Hidrográfica do Rio do Braço, no município de Joinville/SC”. A atuação abrangeu a bacia hidrográfica do Rio Cubatão do Norte (Joinville/SC). Num primeiro momento, trabalhou−se com a bacia hidrográfica do Rio do Braço (um afluente do Rio Cubatão do Norte) que abrange as áreas dos hoje bairros/Distritos da cidade de Joinville: Pirabeiraba; Zona Industrial Norte; Costa e Silva (divisor de águas); Bom Retiro; Jardim Paraíso e Jardim Sofia. O objeto de estudo do grupo que atuou nesta pesquisa ( Grupo dos Projetos EduCA) centra−se nas águas do Rio do Braço que correm na região do Distrito de Pirabeiraba. No caso específico do presente projeto, buscou-se uma abrangência maior, e trabalhou-se, ainda, com as águas do Rio do Braço que correm nos bairros Bom Retiro, Jardim Paraíso, Jardim Sofia, Costa e Silva e Zona Industrial Norte (mas de uma forma ainda preliminar nesses Bairros uma vez que os estudos centraram-se, de fato, de região de Pirabeiraba). A metodologia utilizada, a pesquisa qualitativa, estimulou a percepção ambiental na comunidade (especialmente Pirabeiraba), utilizando do elemento Plano Diretor de Recursos Hídricos. Esses planos envolvem a sociedade na sua elaboração. Dessa forma, a metodologia possibilitou o levantamento técnico (o diagnóstico inicial) e os procedimentos de elaboração do plano com o envolvimento da população na discussão das potencialidades e problemas hídricos locais, e suas implicações políticas, econômicas, sociais. Sendo uma das condições para a participação no processo de elaboração de um Plano Diretor de uma comunidade ser o conhecimento do objeto de estudo, os procedimentos utilizados buscaram estimular a participação da comunidade durante todo o período de sensibilização da comunidade, mostrando-lhes que a elaboração do Plano exige diversas e longas etapas. A pesquisa levantou subsídios importantes (fatores positivos e negativos do comportamento sócio-econômico e cultural da comunidade em relação ás águas do rio) e destinados à elaboração do Plano Diretor próprio da Bacia. Espera-se, num futuro próximo, a possibilidade da elaboração do referido Plano.

Apoio / Parcerias: ONG VidaVerde - Joinville Rotary - Pirabeiraba - Joinville

EDUCAÇÃO E INTERPRETAÇÃO AMBIENTAL EM TRILHAS INTERPRETATIVAS

  • Sidnei da Silva Dornelles, MSc, sdornelles@univille.br
  • Elzira Maria Bagatin Munhoz, MSc, elzira.b@univille.br
  • Tarcísio Possamai, MSc, tpossamai@unville.br
  • João Carlos F. Melo Jr, MSc, jc_melo@hotmail.com
  • Claudio R. Tureck, MSc, ctureck@univille.br
  • Fabricio S Meyer, MSc, f.meyer@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: educação ambiental, trilhas interpretativas, mata atlântica

Uma trilha interpretativa pode ser conceituada como uma “tradução da linguagem da natureza”, incorporando significados e valores à experiência ambiental, por meio de uma gama de estímulos relativos à percepção. É no ambiente que se materializam as relações que os homens mantém entre si e a natureza. O Programa Trilhas – Educação e Interpretação Ambiental da UNIVILLE integra uma equipe multidisciplinar que, a partir da manutenção e exploração de Trilhas Interpretativas visa o uso pedagógico de espaços ambientais, como os Centros de Estudos e Pesquisas Ambientais localizados nos municípios de São Francisco do Sul (CEPA Vila da Glória) e São Bento do Sul (CEPA Rugendas). O Programa tem por objetivo o desenvolvimento da percepção dos visitantes, a partir da aplicação de vivências de interpretação ambiental, que remetem à reflexão sobre a relação homem – natureza. As atividades interpretativas são subsidiadas por várias frentes de trabalho simultâneo da equipe, que inclui a pesquisa literária de apoio científico; a pesquisa em interpretação ambiental; levantamentos de campo; estudos de capacidade de carga e manutenção física das trilhas e da área de entorno. O programa, no ano de 2009, monitorou a capacidade de carga das trilhas, acompanhou aos diversos grupos de visitantes em atividades adequadas às expectativas dos grupos e seus responsáveis nas trilhas, ministrou palestras, realizou atendimentos a rede de ensino pública e privada, e tem fornecido suporte técnico à implantação de trilhas em outros espaços, como o Jardim Botânico da UNIVILLE e o Museu de Arte de Joinville. O Programa também tem desenvolvido jogos educativos sobre a Mata Atlântica e a sinalização das trilhas onde dá suporte. Dentre os principais grupos de visitantes atendidos, encontraram-se escolas estaduais e privadas da rede de ensino dos municípios da região, bem como, atendimentos a grupos universitários da UNIVILLE. Das várias atividades desenvolvidas pelo Programa, este tem sempre oportunizado a discussão da relação homem-natureza junto a seu público e reforçado o caráter de interação entre o ensino, a pesquisa e a extensão na universidade.

Educação e sensibilização: representações do patrimônio histórico, sócio cultural e ambiental para as políticas sociais.

  • Nelma Baldin, Dr(a), nelma@univille.br
  • Elzira Maria Bagatin Munhoz, MSc, elzira.b@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Sensibilização Ambiental, Representações Sociais , Patrimônio Sócio Cultural

O projeto de pesquisa “Educação e Sensibilização: Representações do patrimônio histórico, sócio-cultural e ambiental para as Políticas Sociais” compõe o Programa de Pesquisa em Educação da Univille, com três anos de duração. Iniciou suas atividades em 2009 na linha da Pesquisa Qualitativa, realizando entrevistas com lideranças infantis (de escolas municipais) e comunitárias (empresários, diretoras de escolas, presidentes de associações civis, religiosos, comerciantes e políticos) nas áreas das Bacias Hidrográficas do Rio do Braço (Distrito de Pirabeiraba) e do Rio Piraí (Bairro Vila Nova), no Município de Joinville/SC. A definição por essas comunidades deveu-se ao fato de serem áreas com características históricas comuns (ambas de colonização alemã), serem áreas rurais com pequenas propriedades e atualmente estão em processo de urbanização acelerada em vista do crescimento industrial e da expansão imobiliária da cidade. Acredita-se que o impacto histórico e ambiental que essas áreas sofrem, influencia nas representações sociais e na identidade cultural das suas populações. O objetivo da pesquisa é colher a representação social a respeito do patrimônio sócio histórico e ambiental dessas populações, com a intenção de subsidiar um estudo de análise comparativa entre as duas comunidades, para futura intervenção educativa (com ações da Educação Ambiental). As entrevistas, semi-estruturadas, foram aplicadas, na sua totalidade, nas duas regiões, e os dados e informações coletados encontram-se em fase de estudos e tabulação e serão analisados com base no referencial teórico metodológico da pesquisa durante o ano de 2010. As lideranças entrevistadas, tanto as infantis como as comunitárias, foram apontadas pela própria comunidade a partir dos contatos das pesquisadoras com as gestoras de escolas municipais das duas áreas em estudo. As entrevistas seguiram um “roteiro de questões” previamente organizado que girou em torno do desenvolvimento e percepção das dimensões “histórica”, “patrimonial”, “ambiental”, “cultural”, “social” e, fundamentalmente, a dimensão “política”. O tripé “política social” (políticas públicas), “patrimônio sócio-cultural” e “meio ambiente” (com extensão ao desenvolvimento sustentável), que, segundo as novas tendências mundiais é o encaminhamento para a vida no Século XXI é, também, um dos fundamentos teóricos deste estudo. Por se tratar de projeto de pesquisa em andamento e pelo fato de os dados e informações disponíveis estarem em processo de validação para posterior análise, ainda não cabem conclusões.

Apoio / Parcerias: Financiamento Institucional (FAP - Univille)

Educação inclusiva: contradições e desafios do trabalho docente

  • Sônia Maria Ribeiro, Dr(a), soniavile@yahoo.com.br
  • Aliciene Fusca Machado Cordeiro, Dr(a), aliciene_machado@hotmail.com
  • Ivanilda Maria e Silva Bastos, MSc, ibastos@univille.br
  • Mariana Datria Schulze, G, mschulze@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Educação inclusiva, Trabalho docente, Deficiência

Trabalhar com a diversidade que vem se configurando no espaço escolar, significa, entre outras questões, o professor entender as diferenças e as relações que há entre a escola e a dinâmica do meio em que ela se insere. Compartilhamos com Spozati (2000, p.29) o entendimento de que: “ A relação entre a cultura da escola e a cultura local é fundamental para fazer da escola um espaço de articulação de mentes e não só de corpos (dos alunos), das emoções e desejos das crianças. Essa valorização é que permite uma nova via de inclusão e cidadania”. Porém, os conflitos e as contradições presentes na escola, reforçada pela falta de compreensão sobre o como trabalhar com a educação inclusiva, estimulam o aparecimento de sentimentos de medo, insegurança, impotência, tanto nos profesores como na família dos alunos com necessidades educacionais especiais. Partindo dessa compreensão nossa pesquisa que se intitula “Inclusão dos estudantes com necessidades educacionais especiais na escola básica (re)pensando a ação do professor e o papel da família nas práticas inclusivas “ visa analisar os sentidos atribuídos as questões relacionadas à educação inclusiva pelos docentes da escola regular e os pais de alunos com necessidades educacionais especiais e a interferência que estes geram nas práticas educativas. Diante da abrangência desta pesquisa faremos um recorte com o objetivo de apresentar a concepção que os professores do ensino fundamental em uma escola do município de Joinville tem sobre a educação inclusiva. Este estudo caracteriza-se por uma pesquisa de campo, na qual foi utilizada como técnica a entrevista semi-estruturada. A qual teve como uma de suas questões norteadoras da pesquisa, conhecer a concepção que as professoras tem de educação inclusiva. Ao todo foram entrevistadas seis professoras de uma escola da região norte de Joinville. Os dados das entrevistas foram gravados, com o prévio consentimento dos participantes, e posteriormente transcritos para análise. O método utilizado foi a “análise de conteúdo” (FRANCO, 2003). Por meio desta análise, identificamos que ainda permanece uma dicotomia entre o discurso da inclusão escolar e a práxis do professor. Verificamos que não há dificuldade por parte dos professores quanto ao entendimento dos direitos que o estudante tem de estar incluído no ensino regular. Entretanto, o desafio cotidiano que emerge na trabalho docente revela sentimentos, práticas e concepções contraditórias quanto ao processo de aprendizagem e desenvolvimento do estudante com deficiência, em especial aqueles com comprometimento cognitivo.

Apoio / Parcerias: Secretaria Municipal de Educação; Universidade da Região de Joinville.

Educar para o uso da linguagem da não-violência

  • Marly Krüger de Pesce, MSc, marly.kruger@univille.net
  • Iara Costa Andrade, MSc, iara54@hotmail.com.br
  • Daiane Kniess, Graduando, daianekniess@yahoo.com.br
  • Marly Kruger de Pesce, MSc, marly.kruger@univille.net

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: leitura crítica, desnaturalização, não-violência

A instituição escolar, enquanto espaço social reproduz a opressão e a violência que acontece na sociedade. A violência é tanto endógena quanto exógena a escola, já que os professores e os alunos pertencem a diferentes esferas sociais que os determina nas relações dialogicamente. A banalização de acontecimentos violentos, especialmente veiculados pela mídia, parece ajudar na sua naturalização e que se materializa pela imagem e pela palavra. Para Vygotsky (1996), a linguagem constitui o homem e se realiza nas relações sociais. Ao manifestar seu pensamento só o faz dentro de limites formalizados (texto) e de uma determinada ideologia discursiva. A compreensão do texto oral, escrito e imagético (materialização do discurso ideológico) significa desfazer a opacidade inerente ao discurso. Para Fairclough (2001), esse processo de compreensão torna possível a desnaturalização da condição de poder, de manipulação e de coação daquele que detém a palavra, assim como, do discurso de uma civilização que valoriza a violência. Esses pressupostos fundamentam o projeto de extensão denominado “Linguagem da não-violência na escola: educando para a paz” que tem como objetivo conscientizar os sujeitos envolvidos que o uso da linguagem nas relações sociais cotidianas pode estar impregnado de violência, para que consiga, através da leitura crítica de diferentes gêneros textuais de circulação, estabelecerem, pelo diálogo, as negociações para os conflitos que são inerentes a prática discursiva. O reconhecimento do discurso da violência e, seu posterior estranhamento, pode levar a sua desnaturalização. Com esse propósito, foi desenvolvida uma oficina com alunos de uma 6ª série do Ensino Fundamental em uma escola pública da cidade de Jaraguá. As atividades foram desenvolvidas a partir da leitura de diferentes gêneros textuais como propaganda e dizeres de camiseta. No início das atividades havia uma crença de que a língua não pode ser usada de forma violenta. A violência só era entendida quando relacionada à agressão física. Numa primeira reação, muitos achavam graça de alguns dizeres de camiseta, não conseguindo compreender o seu sentido. Após a leitura e discussão dos textos, a maioria dos alunos começou a dar um novo sentido à palavra violência. Assim, no decorrer da oficina os alunos foram percebendo que tanto a imagem como a palavra podem ser usadas de forma violenta. Essa percepção é o primeiro passo para que o sujeito comece um possível processo de ressignificação e, consequentemente, de desnaturalização de algumas condutas cristalizadas.

Ensino Fundamental de 9 anos: formação continuada para professores das séries iniciais na perspectiva das culturas infantis e do letramento

  • Sônia Regina Pereira, MSc, s.regina@univille.br
  • Maria Aparecida Lapa Aguiar, Dr(a), cida.aguiar@gmail.com
  • Rosana Mara Koerner, Dr(a), rosanamk@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Professores, formação continuada, letramento e infância

O objetivo principal da atividade de extensão foi o de contribuir para o processo de construção de práticas pedagógicas que levassem em consideração as culturas infantis e as práticas de letramento em Escolas da Rede Estadual. A atividade configurou-se como uma formação continuada para professores das duas séries iniciais, com duração de 60 horas. Em 2009, foi a 3ª edição do projeto, cuja continuidade é solicitada pela Gerência Regional de Educação com o fim de atingir a todas as escolas sob sua responsabilidade. Ao longo do ano, são dois grupos que participam da atividade, um em cada semestre. Em 2009, o grupo do 1º semestre era constituído por cerca de 20 professores e o do 2º semestre por 10 professores. Durante a atividade diferentes temáticas são discutidas, focalizando-se a questão da alfabetização e do letramento, dos gêneros discursivos, da formação do profissional docente e das culturas da infância. Como metodologia, empregam-se diferentes estratégias e técnicas, que vão desde exposição oral, até vídeos, discussões, leituras variadas e elaboração de atividades, tendo como suporte as reflexões feitas durante os encontros. De um modo geral, percebeu-se um significativo envolvimento das professoras participantes em todas as atividades propostas. Também era comum ouvirem-se manifestações como “Interessante”, “Eu não sabia disso”, “Já faço isto em sala de aula”. Constantemente questionamentos eram feitos e havia significativo interesse em colaborar. Pareceu que as professoras estavam realmente envolvidas com a proposta e reconheciam a necessidade de repensar algumas de suas práticas. Nesse sentido, os dois grupos de 2009 diferenciaram-se dos grupos de 2007 e 2008, nos quais, em alguns casos, percebeu-se um certo menosprezo pelas discussões, uma certa apatia por parte de alguns professores. Vale ressaltar que os dois grupos de 2009 eram constituídos, em boa parte, por professores já com uma respeitável trajetória na área de educação, o que desmente um pouco aquela ideia de que profissionais em final de carreira não buscam mais novas informações. Um contraponto interessante à atividade de extensão seria a observação direta do modo como aquilo que é discutido nos encontros contribui para uma reconfiguração da prática pedagógica das professoras envolvidas. Há algumas manifestações favoráveis por parte de alguns gestores o que motiva o grupo das professoras extensionistas a darem continuidade à atividade.

Apoio / Parcerias: Gerência Regional de Educação

Estudo epistemológico de materiais pedagógicos em arte

  • Alena Rizi Marmo, MSc, lemarmo@gmail.com
  • Ana Cláudia Moraes Moreira Artioli, Graduando, anaclaudia.art@gmail.com
  • Nadja de Carvalho Lamas, Dr(a), nlamas@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: arte, epistemologia, materiais pedagógicos

O projeto consiste na investigação epistemológica acerca da construção de materiais pedagógicos de arte produzidos por museus e instituições culturais, com o objetivo de identificar as concepções teóricas e metodológicas que os sustentam com vistas a subsidiar a elaboração de material pedagógico que dê conta da construção de conhecimento independente de exposições de arte, o que será feito a partir do recorte de reproduções de arte brasileira do banco de imagens do Programa Institucional Arte na Escola. Por meio desta análise, está sendo elaborado o mapa conceitual que embasa os materiais levantados e catalogados que, até o momento, somam 64, assim como estão sendo identificados os autores de referência utilizados em sua fundamentação. Também estão sendo estudadas e analisadas as atividades propostas, procurando identificar que tipos de atividades são pensadas para cada nível escolar. Após, será realizado mapeamento destas atividades identificando os objetivos, conteúdos abordados, procedimentos metodológicos e formas de avaliação, bem como a concepção gráfica, o tipo de suporte utilizado, sua adequação às atividades propostas, nível de qualidade e praticidade de uso em sala de aula e de seu armazenamento. A partir da primeira análise geral dos materiais, foram identificadas quatro concepções: trinta e um materiais estão vinculados a exposições de arte e não dão conta do estudo da arte desvinculado das mesmas; treze deles, apesar de terem sido produzidos a partir de uma exposição, podem ser utilizados de forma autônoma; dezessete são independentes de exposições de arte; três foram construídos como parte de um processo de ensino – aprendizagem a partir de um determinado acervo. No intuito de identificar como se dá a real aplicabilidade dos mesmos, contempla o projeto a construção e aplicação de questionário para o professor de arte de dez escolas parceiras do PIAE, o que possibilitará perceber o quanto o docente conhece e compreende os pressupostos do material utilizado, assim como o grau de criticidade com relação a seu conteúdo e uso. Os resultados desta investigação contribuirão com o ensino da arte na região e talvez ao país já que o PIAE é parte da Rede Arte na Escola presente em 22 Estados brasileiros e docentes vinculados a ela fazem uso dos materiais que estão sendo estudados. Contribuirão também como subsídio na construção de material pedagógico para imagens de arte brasileira pertencentes ao banco de imagens do PIAE, assim como na elaboração de projeto de extensão visando à educação continuada.

Filosofia e educação: a interdisciplinaridade e a ética na profissionalização docente.

  • Antonio Piva, MSc, antonio.piva@univille.net

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Educação , Filosofia, Ética

A questão da profissionalização docente é, na contemporaneidade, um dos principais desafios a ser enfrentado pelos cursos de licenciatura. Este projeto de ensino, vinculado ao FAEG/UNIVILLE teve como principal objetivo propiciar aos alunos dos cursos de licenciatura da UNIVILLE, preferencialmente aqueles que integram o Núcleo de Integração Pedagógica (NPI), um aprofundamento das questões pedagógicas que envolvem a profissionalização docente, notadamente da ética e da interdisciplinaridade.O projeto foi iniciado com o aprofundamento da revisão e análise da bibliografia relativa ao tema proposto visando aprofundar as principais discussões teórico-metodológicas que envolvem as diferentes abordagens para discutir filosofia, filosofia da educação, ética, interdisciplinaridade e profissionalização docente. As atividades foram desenvolvidas em forma de oficinas como atividades presenciais, semi-presenciais e atividades de orientação e seminário de apresentação dos trabalhos temáticos. Para a efetivação das atividades, que foram ministradas por intermédio de aulas expositivas e dialogadas, leitura de textos, análise de documentos, textos e filmes, entre outros, foram elaborados materiais de apoio, como textos roteiros, dinâmicas para trabalhar em grupo, textos/esquemas para serem projetados em retroprojetor ou datashow, bem como, atividades de avaliação (produção de textos, resenhas, fichamentos, seminários). De maneira geral, a avaliação por parte dos alunos foi bastante positiva. Mas, a maior dificuldade para a implementação do projeto foi a disponibilidade de horário para a participação dos alunos, pois, muitos dos alunos interessados nas atividades do projeto trabalham inclusive nos sábados, dificultando as atividades extra-classe.

História Oral e Teatro : uma experiência possível

  • Raquel S. Thiago, MSc, rsthiago@uol.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: História, Migrante, Teatro

História Oral e Teatro : uma experiência possível

O PROGRAMA INSTITUCIONAL DE HISTÓRIA ORAL –PIHO – tem por objetivo apoiar e incentivar pesquisas e estudos em História Oral numa perspectiva interdisciplinar .O Programa tem dado ênfase à produção de entrevistas como fonte privilegiada no estudo do fenômeno migratório em Joinville no período 1960-2000 , sem, no entanto excluir o interesse por outras temáticas .

Na busca de integração acadêmica e também com outras instituições , o Programa Institucional de História Oral contempla a modalidade Projetos Vinculados , ou seja , projetos que, por sua natureza , tenham afinidade com suas propostas . Nessa ótica , o Programa apoiou a Dionisos Teatro em pesquisa realizada no laboratório de história oral para montar a peça Migrantes .

Em Entardecer, a Dionisos desenvolveu uma peça a partir da memória de pessoas idosas, resultando num espetáculo sensível e poético que dialoga muito bem com a platéia. Neste trabalho o texto foi construído utilizando-se as falas quase que originais dos muitos entrevistados com os quais a Dionisos entrara em contato. Em Migrantes deu seqüência à proposta , desta vez com memória de migrantes da cidade de Joinville, principalmente com pessoas que participaram da grande migração originária de várias cidades do país , quando Joinville passava por intenso processo de crescimento de oferta de mão de obra na indústria nos anos 70. O ponto de partida para este trabalho foram as entrevistas do acervo do Laboratório de História Oral da Univille . Nesta montagem, verificou-se o potencial do LAB no sentido de dar respaldo a trabalhos que busquem fontes e mesmo inspiração nas histórias de vida gravadas e conservadas em seu acervo .Essas histórias serviram como referência para a construção da cena. Questões como memória e pertencimento permeiam o trabalho , num encontro feliz com os objetivos do Programa Institucional de História Oral , já que um dos aspectos privilegiados pelo Programa reside em ações que busquem construir um mosaico memorialístico dos migrantes que hoje colaboram na construção do processo histórico e identitário da cidade, na condição de cidadãos joinvilenses .

Metodologia – Metodologia da História Oral

LABORATÓRIO DE HISTÓRIA ORAL – Fundado em 1982, o LHO da Univille atualmente apresenta um acervo com cerca de 334 entrevistas , gravadas num total de 407 fitas e registradas em catálogo.

Apoio / Parcerias: Parceria - Dionísios Teatro.

letramento digital dos professores da rede municipal de São Bento do Sul

  • Maria da Graça Albino de Oliveira, Dr(a), magalbi@netuno.com.br
  • Andrea Tamanine, Dr(a), atamanine@yahoo.com.br
  • Simone Kruger, MSc, skruger@univille.br
  • Maria da Graça albino de Oliveira, Dr(a), magalbi@netuno.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: letramento, digital, docente

Este trabalho é resultado de dois anos de pesquisa com os alunos e professores da rede municipal de ensino de São Bento do Sul. No ano de 2008, em pesquisa PIBIC realizada pela Professora Maria da Graça Albino de Oliveira e a acadêmica Licelma Kurowsky, com a colaboração do Professor Lisandro Fendrich, constatou-se que, embora 66% das escolas do município possuam laboratórios de informática visando ao letramento digital dos alunos, os discentes egressos dessas escolas apresentavam-se apenas parcialmente letrados, o que não atingia os objetivos propostos pela Secretaria de Educação do Município, que eram incluir digitalmente os alunos e proporcionar-lhes um maior grau de empregabilidade. A pesquisa apontou como possível causa o não letramento e a pouca preparação dos docentes para serem mediadores desse processo. Em 2009, Oliveira, Fendrich e Siqueira continuaram a pesquisa, cujas conclusões ratificam os resultados dos dados colhidos por Kurowsky (2008). As causas apontadas pelos docentes são a falta de uso do ambiente oferecido pela escola para essas atividades, em função do pouco preparo dos docentes, da falta de atualização dos equipamentos, do fato de a Prefeitura não oferecer momentos de atualização e discussão, a falta de aplicativos adequados, entre outras de menor importância. Os resultados foram apresentados à atual Secretária de Educação, que se propôs a adotar medidas saneadoras para o problema.

Apoio / Parcerias: Prefeitura Municipal de São Bento do Sul

Monstrinhos do Cachoeira: quadrinhos e consciência ambiental

  • Nielson Ribeiro Modro, MSc, nielson@modro.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: quadrinhos, meio ambiente, monstrinhos do Cachoeira

O trabalho com quadrinhos é a possibilidade do ingresso em um mundo literário didaticamente ainda pouco explorado, que extrapola a linguagem verbal e incorpora a versatilidade da linguagem artística. Os quadrinhos, como na literatura tradicionalmente verbal, possibilitam contar histórias aliando os aspectos verbal ao visual. Também na literatura verbo-imagética há gêneros distintos que podem ser classificados em gêneros distintos, dentre os quais um dos mais conhecidos engloba as tirinhas, normalmente publicadas em jornais diários, que prezam pela simplicidade e rapidez de suas narrativas, algo muito próximo do conto e da crônica na literatura verbal. Geralmente as tirinhas possuem três quadros apenas, nos quais se têm basicamente: a apresentação do tema, a criação da expectativa quanto ao tema proposto e a solução, geralmente com cunho humorístico. Assim pode-se afirmar que suas narrativas também não diferem em muito das narrativas tradicionais e essencialmente verbais, desde a sua concepção inicial até sua finalização, já que há a elaboração de um roteiro tradicionalmente verbal. Porém, ainda nessa fase são pensados e especificados o desdobramento da ação, os quadros principais e os textos a serem utilizados, incluindo-se aqui os diálogos dos personagens e as eventuais legendas do narrador. Não existe necessariamente uma camada verbal, podendo ser uma narrativa exclusivamente visual. Estruturalmente também possuem basicamente elementos como personagens, ação, tempo, espaço e narrador, como em narrativas verbais, mas aliam essa linguagem com linguagem visual ao utilizar quadros (espaço), balões (pensamentos, falas, sentimentos), metáforas visuais (onomatopéias, marcas visuais). O trabalho de pesquisa buscou resgatar os personagens Os Monstrinhos do Cachoeira, crias essencialmente joinvillenses, com cunho ecológico. Os quatro personagens principais habitam o Rio Cachoeira, que corta a cidade de Joinville e é há anos um verdadeiro esgoto a céu aberto. Foram criados na década de 80 e objetivavam conscientizar a população em relação à necessidade de respeitar o meio ambiente, principalmente os mananciais de água sem a qual é impossível existir a vida. A pesquisa essencialmente bibliográfica buscou resgatar tirinhas publicadas no jornal A Notícia, cujos principais personagens eram Os Monstrinhos, e que buscavam, de forma bem humorada, provocar a conscientização ambiental. Por fim, acrescente-se que apesar de o estudo de quadrinhos não ser de caráter inédito, resgatar as produções locais, de qualidade, além de estar em sintonia com uma tendência da atualidade, é uma forma de buscar oportunizar uma aprendizagem prazerosa através de um mundo literário pouco explorado.

O ESPAÇO DA ESCOLA COMO CONSTRUÇÃO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO E DE IDENTIDADES

  • Maryahn Koehler Silva, MSc, maryahn.koehler@univille.net
  • Elzira Maria Bagatin Munhoz, MSc, elzira.b@univille.br
  • Silvia Sell Duarte Pillotto, Dr(a), spilotto@univille.br
  • Elizabete Tamanini, Dr(a), btamanini@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: identidade, espaço escolar, escola rural e urbana

O projeto de pesquisa O espaço da escola como construção do desenvolvimento humano e de identidadescompõe oPrograma de Pesquisa em Educação da Univille, com a duração de três anos. A referida pesquisa insere-se na linha “Sociedade, Cultura e Desenvolvimento Humano”. O objetivo da pesquisa éinvestigar os espaços de duas instituições de Ensino Básico, a fim de compreender quais as influências desses espaços na qualidade das interações e construção de identidades de seus protagonistas. A investigação iniciada em 2009, fundamenta-se na pesquisa qualitativa, por permitir um itinerário construtivo e ao mesmo tempo participativo, incluindo sujeitos no mesmo campo de ação e reflexão. Parte-se do pressuposto de que todo e qualquer indivíduo está inserido em um grupo social e cultural, desenvolvendo sua visão de mundo e estruturando suas experiências. Para coleta de dados e posterior análise têm sido utilizada a entrevista semi-estruturada junto aos protagonistas dos estabelecimentos de ensino fundamental, da rede municipal, sendo um na região urbana e outro na região rural da cidade de Joinville. De cada instituição estão sendo entrevistados 2 professores, um gestor e 10 estudantes a respeito do reconhecimento que fazem dos espaços físicos e sociais do ambiente escolar e seu entorno. Salienta-se que os espaços têm sido também registrados através de fotografias das áreas de convívio e a constituição dos espaços tanto internos, tais como salas de aula, corredores, sala de direção, biblioteca, cantina, quadras cobertas, refeitório, como os externos envolvendo quadra de esporte, pátio, hortas, arborização, entorno e outros. A pesquisa encontra-se em fase de finalização das entrevistas para posterior tabulação e análise dos resultados, previsto para 2010. Na seqüência será feita também uma análise documental que visa buscar, especialmente nos Projetos Pedagógicos das escolas e nos Planejamentos de Ensino e Aprendizagem, o que é formalmente atribuído a cada um dos sujeitos no âmbito do espaço escolar. A partir das questões aqui abordadas, compreendemos ser importante a investigação das reais influências dos espaços escolares rurais e urbanos, enquanto ambientes educacionais no grau de interação e formação humana e na construção de identidades. Como a pesquisa ainda se encontra em processo de análise, ainda não temos considerações reais sobre a hipótese da importância dos espaços nas relações de produção de sentido e de conhecimentos.

Apoio / Parcerias: Fundo de Apoio a Pesquisa - FAP

O mundo jurídico no cinema

  • Nielson Ribeiro Modro , MSc, nielson@modro.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: ensino, cinema, direito

O projeto Cineducação desenvolve há sete anos um trabalho no sentido de buscar orientar e indicar possíveis caminhos de leitura no que diz respeito à linguagem cinematográfica e suas possibilidades interpretativas. Seu principal foco é o didático, mas não inviabiliza que pessoas interessadas no assunto também possam utilizar os conceitos e idéias explorados. O projeto já publicou cinco livros: Cineducação: usando o cinema na sala de aula (2005) contendo sugestão de 39 filmes; Cineducação 2: usando o cinema na sala de aula (2006); Cineducação em Quadrinhos (2006); Nas Entrelinhas do Cinema (2008); e, recentemente, em 2009, foi lançada a obra O Mundo Jurídico no Cinema, cujo objetivo principal foi a investigação acerca de obras cinematográficas que contivessem em sua construção aspectos inerentes ao mundo jurídico, ou seja buscou-se selecionar e analisar filmes que em seu conteúdo privilegiem questões jurídicas, contrapondo-as com o mundo real e possibilitando assim uma visão crítica acerca destas questões levantadas. Metodologicamente foi adotada uma pesquisa de cunho essencialmente teórico, numa pesquisa de campo bibliográfica. Os dados coletados foram selecionados e agrupados tematicamente em três capítulos. No primeiro capítulo buscou-se fundamentar teoricamente como o cinema pode ser utilizado como recurso didático; no segundo capítulo o recorte realizado buscou apresentar, sob a perspectiva do cinema, como se realiza o processo judicial e como a questão testemunhal pode interferir no mesmo; e, no terceiro capítulo apresentou-se a figura do advogado sob o ponto de vista cinematográfico, normalmente estereotipada, mas que funciona bastante bem principalmente quanto à possibilidade de análise do discurso. Durante os sete anos em que se desenvolve o projeto buscou-se sempre não se limitar apenas ao seu principal meio, o website do projeto, mas priorizando ainda um trabalho de divulgação realizado através de palestras, cursos e publicações. Atualmente há no site cerca duzentos filmes analisados, porém além dos livros publicados, nos quais podem ser encontradas as análises de mais de 120 filmes, o projeto já ofertou dezenas de capacitações/palestras já realizadas em caráter local, regional, estadual e nacional, buscando fomentar as idéias a respeito da proposta e do uso de filmes em sala de aula com finalidade didática. Sua última parceria foi com o jornal paulista O Pulguinha (http://www.pulguinha.com.br), voltado principalmente à educação fundamental, e no qual há a análise mensal de um filme com cunho didático. As informações pesquisadas e sistematizadas, acerca dos filmes escolhidos, são disponibilizadas através do site Cineducação (http://www.modro.com.br/cinema).

O RPG COMO INSTRUMENTO PEDAGÓGICO PARA UMA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

  • Cristina Ortiga Ferreira, MSc, tinaortiga@hotmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Jogos de Interpretação , Recurso Pedagógico, Educação Inclusiva

O presente relato apresenta uma prática pedagógica desenvolvida em 2009 com os alunos do Curso de História na disciplina de Educação Inclusiva utilizando os Jogos de Interpretações de Papéis, os conhecidos RPG (ROLDING PLAY GAMES) como recurso pedagógico para o aprendizado e fixação de conteúdos História. Nas reflexões iniciais para o uso do RPG delineou-se uma pesquisa bibliográfica buscando compreender aspectos de uma educação mais interativa. Perguntas norteadoras foram levantadas para orientar melhor o trabalho: O que é, um RPG? Como os fatos históricos ou situações históricas podem ser construídas nesta proposta? Como as características de cada personagem podem ser percebidas no contexto? Como envolver alunos de diferentes idades nesses projetos educativos? Como se efetivam a teoria e prática pedagógica? Para responder a essas questões foi necessário compreender como os fatos históricos são tratados, discutidos e fundamentados nos projetos escolares e práticas pedagógicas. O RPG, vem como proposta que, além de permitir uma ação lúdica no ensino de História, estimula a leitura, a interpretação, o raciocínio global, a tomada de decisões entre outros fatores importantes na formação de um sujeito crítico e atuante socialmente. Após o entendimento dos conceitos envolvidos na proposta de trabalho os acadêmicos vivenciaram um RPG de tabuleiro, The Classic Dungeon e dois RPG históricos: Uma Estrada para o Inferno - que mostra uma visão diferente do desembarque da Normandia: O desembarque aéreo por trás das linhas inimigas; Emboscada em Sadr City - que apresenta a situação atual da ocupação americana no Iraque. Após isso recriaram, em grupos, contextos e eventos históricos a serem vivenciados no RPG, descrevendo, inclusive a geografia: relevo, vegetação, clima, flora e fauna e ainda, as relações políticas entre os povos envolvidos e criando os personagens. Para a criação de seu personagem, cada acadêmico uniu elementos diferentes que iam desde o aspecto físico e elementos para o combate (força, conhecimento, habilidades...) até um passado (história de sua vida) e um perfil psicológico marcante (obtido através das características de personalidade). Vale destacar que sendo um jogo de interpretação de papeis, cada participante age de acordo com as características de seu personagem, não podendo alterá-las. O RPG também prioriza o trabalho em equipe, a cooperação e como conseqüência a formação de personagens que juntos precisam superar os desafios, cabendo a cada um uma tarefa que lhe seja mais familiar ou possível de ser executada. A vivência permitiu aos acadêmicos vivenciar o RPG como potencial pedagógico.

Orientação e informação profissional para alunos do ensino médio

  • Alexandre Cidral, Dr(a), alexandre.cidral@univille.br
  • Joana Lopes Hilgenstieler, Graduando, joana.lopes@univille.br
  • Mariana Mannes, Graduando, mariana.mannes@univille.br
  • Bruna de Matos Fernandes dos Santos, Graduando, bruna.santos@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: orientação profissional, escolha profissional, adolescência

A disciplina Orientação e Informação Profissional do curso de Psicologia da UNIVILLE tem como objetivo desenvolver nos acadêmicos competências relacionadas a atuação como orientador profissional dentro e fora de escolas de ensino médio. Durante a disciplina, além da fundamentação teórica, é discutida a definição, planejamento, execução e avaliação de projetos de orientação e informação profissional para adolescentes. A abordagem adotada é a clínica (Bohoslavsky) e a perspectiva é preparar os futuros psicólogos para a intervenção em processos de escolha profissional de estudantes da terceira série do ensino médio de escolas públicas e privadas. Em 2009, uma escola privada solicitou ao Departamento de Psicologia a oferta de um projeto de orientação e informação profissional para os alunos do terceiro ano do ensino médio daquela instituição. O Departamento encaminhou a solicitação ao professor da disciplina Orientação Profissional que em conjunto com os alunos da disciplna estruturou uma proposta que, submetida à escola, foi aprovada. O projeto atendeu 15 estudantes organizados em 1 grupo de orientação que ocorreu nas dependências da escola em horário oposto ao das aulas e com todo o suporte logístico necessário à execução das atividades. O grupo realizou 2 encontros semanais durante 4 semanas. As atividades em grupo incluíram dinâmicas sobre aptidões, interesses e habilidades, dificuldades no processo da escolha profissional, estratégias para realizar a opção por uma profissão e informação profissional. A facilitação dos grupos foi feita por três acadêmicas da disciplina de Orientação Profissional do curso de Psicologia, sob a supervisão do um psicólogo docente da universidade. Ao final do processo foi realizada uma visita orientada às dependências da UNIVILLE, propiciando maior aproximação dos adolescentes ao ambiente do ensino universitário. O projeto contribuiu com o desenvolvimento da maturidade profissional dos participantes, pois os resultados indicaram melhora na capacidade de determinação, responsabilidade, independência, auto-conhecimento e conhecimento da realidade educativa e profissional. A aprendizagem em tomada de decisão parece ser o resultado mais relevante da orientação, pois os adolescentes relataram maior segurança quanto as estratégias a serem adotadas para a resolução da problemática da escolha da profissão. Além disso, o projeto propiciou aos acadêmicos da disciplina de Orientação Profissional o desenvolvimento de competências relativas a uma área de atuação prevista no perfil profissiográfico do egresso do curso de Psicologia da UNIVILLE.

Apoio / Parcerias: Colégio dos Santos Anjos

Projeto Curricular para as Artes Visuais no Ensino Básico: espaço de contrução de identidades e autonomia.

  • Letícia T. Coneglian Mognol, MSc, lemognol@gmail.com
  • Rúbia Stein, E, rubiaark2@gmail.com
  • Silvia Sell Duarte Pillotto, Dr(a), silvia.sell@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Projeto curricular , Indicadores de aprendizagem, Identidades e autonomia

A pesquisa PROCAV tem como objetivo produzir Projeto Curricular a partir da construção de indicadores de aprendizagem em Artes Visuais para o Ensino Básico. A investigação tem como foco a pesquisa qualitativa com ênfase em pesquisa-ação, tendo como base literatura específica e também narrativas dos professores de Arte da Rede Pública Municipal de Joinville e do Colégio da UNIVILLE. A investigação tem como premissa a pesquisa qualitativa com ênfase em pesquisa-ação, tendo como base, literatura específica e também narrativas dos professores de Arte da Rede Pública Municipal de Joinville e do Colégio da UNIVILLE. O referido projeto é de grande relevância, pois nessa área de conhecimento, é inexistente um documento que norteie por série, os conceitos/conteúdos de Arte no contexto escolar. Esta ação poderá contribuir efetivamente para que o currículo possibilite a construção de identidades e autonomia, elementos fundamentais para uma educação contemporânea. Os procedimentos metodológicos incluem Fóruns, nos quais, pela voz dos professores, pretende identificar algumas questões: de que forma eles selecionam os conceitos/conteúdos em Artes Visuais para cada uma das séries do ensino básico; quais as inter-relações do ensino da Arte com a formação de identidades, memória e representações sociais; como se dá a relação entre ensino formal (escola) e não-formal (museu) e como essas relações estão inseridas no currículo escolar. Ao longo dos três anos de pesquisa estão previstos a realização de 12 Fóruns, 4 por ano, promovidos pela UNIVILLE. Cada Fórum terá 8 horas de duração, ao todo serão 24 horas presenciais e 16 horas não-presenciais, totalizando 40 h. Para a realização dos Fóruns o Núcleo de Pesquisa em Arte na Educação - NUPAE tem sido a fonte teórico-metodológica; pois é constituído por três grupos de trabalho - GTs: 1. Currículo e Educação 2. Educação formal e não-formal; 3. Educação e Ensino da Arte. O objetivo dos Encontros é o de socializar conhecimentos e experiências a partir dos estudos e pesquisas realizadas pelos GTs e acontecem uma vez por mês, com 3 horas de duração. Os GTs estão sendo fundamentais para o andamento da pesquisa, especialmente no que tange a relação entre teoria e prática. Também nos Fóruns, os pesquisadores dos GTs tem significativa participação, interagindo com os professores de Arte. Espera-se desta pesquisa que possamos, de forma compartilhada, construir documento que possa nortear e dar suporte teórico-metodológico aos professores de arte nas suas práticas educativas.

Apoio / Parcerias: Secretaria de Educação do Município de Joinville

Projeto de Inclusão de Pessoas com Necessidades Especiais

  • Sônia Maria Ribeiro, Dr(a), soniavile@univille.br
  • Mariana Datria Schulze, G, mschulze@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Educação inclusiva, Deficiência, Necessidades educacionais especiais

Tendo em vista o paradigma da educação inclusiva o indivíduo independente de seu talento, origem socioeconômica ou cultura, portador ou não de alguma deficiência tem o direito garantido de frequentar o ensino regular e assim ter acesso ao saber sistematizado oferecido pelas instituições de ensino, dentre elas as IES – Instituições de Ensino Superior. A educação inclusiva engloba os diversos níveis de ensino com um papel relevante no processo de formação do individuo. Nos últimos anos tem-se tornado frequente a matrícula de alunos com deficiências nas instituições de ensino superior. Seguindo um prognóstico otimista a tendência é que haja um aumento no número de alunos com deficiências frequentando as IES, à medida que estes concluem o ensino regular. Tal fato justifica a criação do PROINES, projeto de ensino vinculado ao Fundo de Apoio ao estudante de Graduação – FAEG, em funcionamento desde 2008, que visa atender alunos com deficiências matriculados no Colégio da UNIVILLE como também aqueles matriculados nos cursos de graduação e pós-graduação oferecidos por esta instituição. O projeto constitui-se a partir dos seguintes objetivos: minimizar as dificuldades apresentadas pelos alunos com necessidades especiais em suas atividades curriculares; realizar reuniões com professores visando discutir formas de melhor explorar a participação dos alunos com necessidades especiais nas atividades desenvolvidas pela disciplina; oferecer o serviço de tutoria para aqueles que necessitarem. Como forma de identificarmos os alunos com necessidades educacionais especiais, no ato da matrícula os alunos dos cursos de graduação que apresentam alguma deficiência preenchem um campo específico se autoidentificando como tal. Os dados levantados desde 2008 nos oferecem os seguintes números: 2008, 43 alunos; 2009, 108 alunos; 2010, 91 alunos. Entretanto, a partir dos contatos realizados os departamentos verificamos falhas nas informações apresentadas pelos alunos, indicando que tais números não podem ser considerados como fidedignos, implicando em uma demora no atendimento do mesmo e de seus professores. Outro dado levantado a partir das reuniões realizadas com os professores foi a dificuldade que estes encontram em elaborar e desenvolver métodos de ensino capazes de atender as necessidades, bem como as especificidades dos alunos. Diante do exposto, a relevância do projeto está no fato deste trabalhar diretamente na busca de uma educação inclusiva com qualidade, atuando diretamente com os alunos, professores e agentes administrativos. Acredita-se que desta maneira a inclusão possa ser compreendida como um processo democrático capaz de oportunizar experiências sócio-educativas enriquecedoras.

Apoio / Parcerias: Universidade da Região de Joinville

PROLER - Programa Institucional de Incentivo à Leitura - Univille campus São Bento do Sul – os gêneros como instrumento de resgate de cultura

  • Simone Lesnhak Krüger, MSc, skruger@univille.br
  • jaqueline schwetler, Graduando, jaquesbs@yahoo.com.br
  • Taiza Mara Rauen Moraes, Dr(a), taiza.mara@univille.net

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: concurso, edição de livros, cultura local.

O Projeto Proler da Univille campus São Bento do Sul adota a concepção de leitura como modificadora da ação do indivíduo, entendendo que a criação da consciência de que o exercício de ler amplia a capacitação política do indivíduo, o acesso à informação e, principalmente, por meio desta, o acesso à cidadania. O Projeto Pró-Leitura, desde 2004, desenvolve-se na Univille campus São Bento do Sul. Dentre os vários projetos desenvolvidos pelo Projeto Proler, pode-se destacar o projeto de edição de livros, que neste ano está em sua quinta edição. Anualmente, é realizado um concurso de produção de textual com escolas do município de São Bento do Sul, editando um livro com os melhores textos selecionados por profissionais ligados à área de educação. É por meio do projeto que se dá o estímulo aos estudantes pelo resgate da cultura, pela aproximação com o real, com as ações cotidianas, com as situações sociais que ele vivencia, por meio da leitura e da produção de textos. A idéia de preservar a “memória” de uma sociedade, de resgatar contextos sociais, regionais, históricos e culturais, como forma de registro de uma época, de costumes, de jeitos, enfim, de uma cultura é o objetivo do Projeto Proler na edição de livros: construir a identidade, buscar as raízes, as origens e a cultura de um povo, constitui fonte histórico-cultural da cidade de São Bento do Sul. Para surtir efeitos e ser transformador da ação do ser humano, além de significativo para o leitor, o ato de ler tem que ser prazeroso, acompanhado de liberdade, imaginação e criatividade, uma verdadeira aventura. E tratar do real na escola, por meio da redação do que é vivido pelo aluno e/ou por pessoas que fazem parte de sua vida, relatar histórias, costumes do seu cotidiano, registrar imagens, locais pelos quais o estudante passou ou outra pessoa do seu convívio conheceu, é dar a ele a oportunidade de imaginar, de aventurar-se, de criar.

Apoio / Parcerias: 25a. GERED Fundação Municipal de Cultura de SBS Secretaria Municipal de Educação de SBS

Vozes literárias joinvilenses no ciberespaço

  • Taiza Mara Rauen Moraes, Dr(a), taiza.mara@univille.br
  • Berenice Rocha Zabbot Garcia, MSc, bgarcia@univille.br
  • Elisangela Viana, Graduando, angelviana@hotmail.com
  • Gabriela Cristina Carvalho, Graduando, gabrielaccarvalho@hotmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: leitura, literatura contemporânea joinvilense, ciberespaço

A presente comunicação apresenta os resultados do projeto de Pesquisa SLITE que objetivou dar visibilidade ao patrimônio imaterial joinvilense com recorte na produção literária contemporânea por meio da construção de um inventário de textos, autores e dados biobibliográficos que estão disponibilizados no site Joinville Literária. A pesquisa realizada partiu do desenvolvimento de um inventário da produção literária contemporânea produzida em Joinville, disponibilizada aos usuários no ciberespaço. Compreendendo que é impossível separar o ser humano de seu ambiente material, nossa preocupação foi constituir um acervo digital com obras e dados do patrimônio imaterial joinvilense, procurando a preservação do patrimônio cultural e permitindo a sua socialização, na medida em que as ferramentas informáticas fazem parte do mundo contemporâneo. Assim, procurou-se a preservação do patrimônio cultural, permitindo a sua socialização, na medida em que as ferramentas informáticas fazem parte do mundo contemporâneo. Além da consulta às obras, foi implementada uma solução E-learning como estratégia para práticas leitoras, redimensionando o papel do leitor permindo-lhe explorar seus conhecimentos de leitura usando o site como suporte. Acreditando que a leitura é interação com o mundo e consigo mesmo, num processo de evolução mútua, acredita-se, também, como nos diz Paulo Freire (1982, p.22) , que “a leitura do mundo precede sempre a leitura da palavra e a leitura desta implica a continuidade da leitura daquele” e que o caminho que conduz a essa leitura passa pela educação. E nesse sentido, trabalhar com a literatura contemporânea joinvilense é mostrar aos leitores que a arte - e principalmente a arte da palavra, pode estar muito próxima de nós, e não distante e fragmentada, como é apresentada nos livros didáticos que só nos apresentam uma forma de valorização do literário, mostrando um modelo de apreciação canônica e, ao ser fragmentada e descontextualizada.